quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Tem prefeito que não se mexe, diz Haddad.

O ministro da Educação e pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, disse hoje que "tem prefeito que às vezes não se mexe" no sentido de tomar as providências necessárias para atender às demandas das populações locais. Haddad discursou durante o I Encontro dos Prefeitos do g100 - Cidades Populosas com Alta Vulnerabilidade Socioeconômica, evento realizado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), em Brasília.
A FNP elogiou a iniciativa do Ministério da Educação (MEC) de considerar o g100 (grupo de municípios com mais de 80 mil habitantes que possuem baixas receitas correntes por habitante) na definição das localidades que receberiam extensões universitárias e institutos federais de educação profissional e tecnológica.
"Quando tivermos um novo plano de expansão, vamos contemplar 100% das cidades nesse grupo, o que significa dizer que aquele jovem que se via habitado em uma cidade muitas vezes chamada dormitório, distante do emprego e da educação, esse jovem sabe que, além daquela oportunidade, a presença dos institutos nessas cidades vai trazer os investimentos, a indústria, o comércio", disse Haddad. Segundo o ministro, 80 das 100 cidades do g100 já serão beneficiadas em um primeiro momento.
De acordo com Haddad, a definição dessas localidades não levou em consideração critérios partidários. O ministro, no entanto, fez críticas à postura de alguns administradores. "Tem prefeito que às vezes não se mexe pra tomar as providências, aí ele que se entenda com a população local, mas nós do MEC estamos disponíveis para que esses projetos se realizem", disse.

Autor:
RAFAEL MORAES MOURA - Agência Estado

CARROS DO URUGUAI.


Ontem, o governo brasileiro decidiu recuar do aumento do IPI sobre os automóveis (de 25 para 55 por cento) vindos do Uruguai. O presidente Jose Mujica havia criticado com veemência a elevação do imposto, acusando o Brasil de protecionista.
Vale a pena entender melhor o assunto. O Brasil já tinha isentado daquele aumento os carros importados da Argentina e do México, devido a acordos do Mercosul. Para tanto, esses países devem cumprir o requisito de 65% de componentes nacionais no valor dos veículos.
No entanto, os automóveis uruguaios não cumprem esse critério. São de origem chinesa e coreana, com baixo valor adicionado no local. Veículos, digamos, maquiados. Daí a decisão inicial de não isentá-los do aumento do IPI, pois são considerados como importação indireta do sudeste asiático. Apesar disso, os carros uruguaios já não pagavam o imposto brasileiro à importação de automóveis, de 35 por cento, devido a uma regalia concedida pelo Brasil em troca da adesão uruguaia ao Mercosul.
Devido a essa dupla isenção (do imposto à importação e do adicional do IPI) o carro vindo do Uruguai, tudo o mais constante, pagará 65 pontos percentuais a menos em impostos do que o carro vindo diretamente do sudeste asiático, da Europa ou da América dos Estados Unidos. Não resta dúvida que o Uruguai cumprirá integralmente sua cota de vendas dos asiáticos para o Brasil, que é de 20 mil unidades/ano.
AUTOR:
28/09/2011 Por joseserra